domingo, 18 de junho de 2017

Candidíase vaginal recorrente

Achei um artigo interessante sobre Candida.

O que achei mais curioso, foi o fato de haver infecções causadas por diferentes tipos de cândida, que não respondem bem aos tradicionais tratamentos com pomadas azolicos.

Trechos:
A Candida glabrata e outras espécies não-albicans apresentam maior resistência à terapia convencional com derivados azólicos, principalmente fluconazol. O diagnóstico clínico pode ser meramente suspeitado frente à secreção menos típica e mais aquosa, queixa de ardor/queimor mais intenso que de prurido, e nos casos resistentes e recorrentes, devendo sempre ser confirmado pela cultura em meio específico. O uso indiscriminado de antimicóticos azólicos elimina as cepas mais sensíveis, selecionando as mais resistentes e as não-albicans.   O tratamento consiste na administração de ácido bórico 600 mg diariamente por via vaginal durante duas semanas, atingindo 65 a 70% de sucesso.19 Se necessário, faz-se manutenção com a mesma dose duas vezes por semana. Nos casos de falha, utiliza-se flucitosina a 17% 5 g a noite por via vaginal também durante duas semanas, que atinge mais de 90% de melhora, porém é mais cara e difícil de ser encontrada.

Algumas situações apresentam sintomas similares, causando erro de diagnóstico, tais como hipersensibilidade local, reação alérgica ou química e dermatite de contato.

A maioria dos casos ditos de repetição pode ser considerada uma sucessão de erros diagnósticos. As mulheres que realmente apresentarem CVVR, tendo os quatro ou mais casos devidamente documentados, devem se submeter à avaliação clínica e laboratorial visando a confirmar a presença do fungo, bem como a sua espécie, e descartar outras causas. Cerca de 10% das pacientes apresentam infecção mista, devendo o tratamento de cada agente ser realizado por via diferente, evitando-se o uso de cremes de amplo espectro.1

Quando a vulvite é intensa, associa-se corticoide tópico de baixa potência que, apesar do ardor da primeira aplicação, tem ação mais rápida que os azólicos, que demoram de 24 a 48 horas para iniciar sua ação. Banho de assento com bicarbonato e utilização de nistatina na vulva também produz boa resposta, pois seu emoliente é extremamente bem tolerado pela pele lesada3 (C).

Leia na íntegra:
"Candidíase vaginal recorrente: manejo clínico"
http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2010/v38n1/a005.pdf

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